terça-feira, 18 de outubro de 2011

Só Erra Quem Faz

"Só erra quem faz e só quem erra é demitido".

Quando qualquer coisa dá errado em uma empresa, a maioria dos colaboradores ergue os braços em um coletivo lavar de mãos dizendo "não fui eu!". E muitas vezes sempre foi a mesma pessoa. Só resta saber: o restante não erra porque o trabalho é realmente bom ou porque nem se arriscou a fazer e errar?

Logo o funcionário "esperto" percebendo uma política de caça às bruxas comum na maioria das empresas, simplesmente faz o mínimo seguro para manter-se no posto e para que seu nome só seja lembrado na folha de pagamento.

Notando uma baixa produtividade, os líderes e donos de empresa apressam-se em contratar cursos, fazer reuniões e workshops para que o pessoal fique mais "motivado". Não me estendendo no assunto, me limito a perguntar:

- Quando seu funcionário mais motivado acerta em algo você o elogia ou traz para si os louros dizendo "Realmente, minha equipe é ótima!"?

- Quando seu funcionário, que mais faz, comete um erro, você senta com ele perguntando com calma o que ocorreu e em que poderá auxiliá-lo ou o repreende na frente dos demais sem querer saber o que realmente aconteceu e suas eventuais dificuldades?

Quem faz erra e acerta também; e o colaborador deve ser acompanhado em todos os seus aspectos e momentos. Não se trata de fazer vista grossa para o erro mas que o mesmo não seja muito mais valorizado que o acerto.

Pense nos critérios usados para avaliar seus colaboradores e se o problema são realmente os erros ou a forma como são acompanhadas e tratadas as pessoas que estão na empresa.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Poder de Chefe

Faz algum tempo desde o meu último post. Apenas uma "breve" pausa para que meu filho nascesse, crescesse um pouquinho e conseguisse dormir mais de meia hora sozinho para eu ter tempo de sentar aqui com calma, refletir e escrever.

E nestas leituras recentes deparei-me com um fato muito comum, porém comentado sempre à boca pequena, que é a questão do quanto alguns chefes dão-se ao direito de opinar deliberadamente sobre a vida pessoal de funcionários e dizer abertamente o que pensam como se os mesmos tivessem este direito.

As expressões vão desde "Mas como assim, você foi engravidar NESTA idade? Você é louca?", passando por "Eu não acredito que você voltou com aquele safado do seu ex-namorado" ou ainda "Você não me perguntou. Mas se pedisse minha opinião, eu diria que essa sua camisa é ridícula!".

Refletindo sobre que tipo de permissão estas pessoas têm para dizer ao funcionário o que lhes vier à cabeça  sem qualquer filtro de educação ou bom senso, sinto que isso acontece pois ainda, de alguma forma, chefes confundem salário com mesada e enxergam aquela pessoa como um filho ou alguém por quem se é responsável e que, por isso mesmo, pode-se dar opinião de qualquer natureza sem pensar nas consequências.

Já ouvi até - e não somente uma vez - chefes dizerem "Nossa! Estou aqui pagando o plano de saúde de vocês e olha: vocês não imaginam o gasto imenso que é isso!".

Acordem "líderes" pois vosso poder é efêmero e o abuso que fizerem dele sempre voltará em forma de insatisfação, queda da produtividade e quiçá  um processo. Quando se tem um funcionário e uma relação profissional com o mesmo a troca é clara: ele oferece trabalho e é pago pelo mesmo. Simples. Ele não passa a ser propriedade de nenhuma pessoa física ou jurídica. Está prestando um serviço. Só.

Brincadeiras e opiniões podem ser dadas mas nunca perdendo o respeito e, caso tenha dúvida se ultrapassou a linha do mesmo, a conduta básica é simples: desculpar-se.