segunda-feira, 23 de setembro de 2013

3 PRINCÍPIOS QUE FACILITAM QUALQUER NEGOCIAÇÃO




O que facilitará a comunicação no caso de conflito ou de uma negociação são principalmente três fatores:

1) Conhecer a si mesmo e suas necessidades (ou as da parte que está representando), sabendo quais são seus verdadeiros interesses.
      Este ponto parece básico mas não é. Muitas vezes estamos negociando algo sendo que, na verdade, queremos outra coisa que não tem nada a ver com o que está sendo negociado. Por exemplo: negociamos conosco mesmos se comeremos mais um pedaço de bolo, contando calorias e medindo a fatia quando na verdade nossa necessidade é emocional e não mora na geladeira.

2) Conhecer a outra parte, seus interesses e necessidades. Isso saberemos perguntando, investigando, prestando atenção e ouvindo o que é dito direta e indiretamente por ela.

3) Buscar onde os interesses se encontram total ou parcialmente. Mesmo que não possamos agradar 100% as duas partes, elas poderão encontrar-se em um meio termo que satisfaz parcialmente ambas.
    Pensar, conversar e ser criativo faz parte dessa fase.

Boas conversas e negociações!


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

SIMPLES ASSIM

Há algum tempo, venho conversando com uma amiga sobre uma sensação da qual partilhamos: que muito em breve com ou sem motivo, a vida, a forma como as pessoas lidam com seus bens e suas necessidades mudará e voltará a ser quase tão simples como há alguns anos.

De alguma forma essa corrida para comprar, possuir, completar e preencher vazios levará as pessoas a perceberem que não há como suprir-se de tudo o que se apresenta o tempo todo.

Ao mesmo tempo em que as mais variadas indústrias passaram a lançar novidades a cada instante visando criar necessidades quase que constantemente, as pessoas tenderão a acordar e se perguntar "mas eu preciso mesmo disso?".

As casas têm ficado menores e o desfazer-se dos bens desnecessários tem sido quase que fundamental. Assim, refletimos que para evitar esse trabalho sazonal, nós seres humanos vamos nos perguntar se realmente precisamos das coisas e evitaremos comprar tanto sem necessidade real.

Quem sabe perceberemos que o vazio se preenche ao encararmos nosso vazio e entendermos que não tem problema nenhum ele existir. Não precisamos ocupar todas as nossas gavetas, portas de armário ou cabides, assim como não precisamos nos sentir plenos e satisfeitos o tempo todo. O vazio faz parte da vida.

Ele existe para dar espaço ao que realmente interessa: nós mesmos.

11 PRINCÍPIOS SIMPLES PARA TORNAR-SE UM LÍDER MELHOR - Dave Kerpen




Segue mais um texto que tem sido referência para mim em alguns atendimentos de coaching. Aliás, recomendo muito que acompanhem este autor no linkedin: Dave Kerpen. (tradução livre do texto)

Vale para líderes ou qualquer pessoa que trabalhe com ou para outras pessoas. Aproveite e reflita. 

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Ser agradável irá ajudá-lo no seu trabalho, negócio, relacionamentos e vida. Eu entrevistei dúzias de líderes bem sucedidos para meu último livro para determinar o que os faz serem tão queridos e suas empresas terem tanto sucesso. Todos os conceitos são simples e, talvez em nome das receitas prontas ou de conceitos básicos, nós frequentemente perdemos de vista as coisas simples - coisas que não apenas nos fazem humanos mas que também nos ajudam a ser melhor sucedidos. Abaixo estão os 11 princípios mais importantes para absorver e tornar-se um líder melhor:

1. Escutar
"Quando as pessoas falarem, ouça plenamente. A maioria das pessoas nunca ouve." - Ernest Hemingway

Ouvir é a base para qualquer bom relacionamento. Bons líderes ouvem o que os seus clientes e prospects precisam ou desejam. Também prestam atenção aos desafios que essas pessoas encaram. Eles ouvem seus colegas e estão abertos a novas ideias. Ouvem os acionistas, investidores e competidores. Aqui está o motivo porque os melhores CEO´s ouvem mais.

2. Contar Histórias

"Contar histórias é a forma mais poderosa de apresentar ideias ao mundo nos dias de hoje." - Robert McAfee Brown
Após escutar, líderes precisam contar boas histórias no intuito de venderem seus produtos e, mais importante, de venderem suas ideias. Contar histórias é o que cativa as pessoas e as leva a agir.  Não importa se está contando uma história para um prospect durante um almoço, em uma sala de reuniões cheia de pessoas ou para milhares delas por meio de uma transmissão online - contar histórias conquista clientes (e funcionários - n.t.).
3. Autenticidade

"Eu não tinha ideia de que ser eu mesma poderia me deixar tão rica como me tornei. Se eu soubesse, teria feito isso mais cedo." - Oprah Winfrey
Bons líderes são quem eles dizem que são e têm integridade incomparável. Vulnerabilidade e humildade são marcas do líder autêntico e isso cria energia positiva e que atrai as pessoas.
Clientes, empregados e a mídia, todos querem colaborar para uma pessoa autêntica crescer. Costumava haver uma divisão entre a pessoa pública e privada mas as redes sociais acabaram com essa divisão. Os líderes do futuro são transparentes sobre quem são na mídia online, mesclando assim o pessoal e o profissional.
4. Transparência

"Como pequeno empresário,você não tem influência melhor que a verdade ." - John Whittier
Não há mais local para esconder-se e os pequenos empresários que se esforçarem para guardar segredos estarão mais cedo ou mais tarde expostos. Abertura e honestidade levam a uma satisfação maior dos funcionários, clientes e colegas de trabalho. E o mais importante: transparência torna muito mais fácil dormir bem à noite, sem a preocupação de lembrar-se o que foi dito a quem. Um líder mais feliz e tranquilo é bem mais produtivo.

5. Trabalho em Equipe

"Indivíduos jogam o jogo, mas equipes superam as expectativas ." - SEAL Team Saying
Não importa quão pequena seja sua empresa, você interage com outras pessoas todos os dias. Deixando as pessoas brilharem, encorajando ideias inovadoras, prticando humildade e seguindo outras regras para trabalhar bem em equipe, irá ajudá-lo a tornar-se um líder mais bem quisto. Você precisará de uma cultura de sucesso na sua empresa; uma que inclua pensamentos "fora da caixa".
6. Receptividade

"A vida é 10% o que acontece com você e 90% como você reage a isso ." - Charles Swindoll

Os melhores líderes são sensíveis a seus clientes, equipe, investidores e prospects. Todos os stakeholders podem passar informações de forma viral falando bem ou mal e o líder vencedor é aquele que reconhece isso e insiste em formar uma cultura de receptividade e resposta. Independente da comunicação ser via email, voice mail, notas ou tweets, responder ao cliente mostra que você se preocupa com ele e dá a seus clientes colegas uma palavra, permitindo que tenham uma impressão positiva da empresa.

7. Adaptabilidade

"Quando você parar de mudar, você terá parado." - Ben Franklin

Nunca houve um mercado com tantas mudanças como este em que estamos agora. Os líderes precisam ser flexíveis para gerenciar as oportunidades de mudança e desafios e ser ágil o suficiente para se movimentar no momento certo. A teimosia não é mais desejável na maioria das organizações. Por outro lado, humildade e boa vontade para se adaptar são marcas de um grande líder.

8. Paixão

"A única forma de fazer um trabalho excelente é amar o trabalho que você faz." - Steve Jobs

Aqueles que amam o trabalho que fazem não precisam trabalhar um único dia em suas vidas. As pessoas que são hábeis em colocar paixão em seus negócios têm uma vantagem imensa, uma vez que essa paixão contagia clientes e colegas. Encontrar e incrementar sua paixão pelo que faz irá certamente aumentar seus resultados.
9. Surpresa e encanto

"O verdadeiro líder sempre têm um elemento surpresa na manga que as pessoas podem não compreender mas que mantém seu público animado e sem palavras" - Charles de Gaulle

A maioria das pessoas gosta de ter surpresas no seu dia a dia. Os melhores líderes prometem menos e entregam mais, assegurando que seus clientes e funcionários fiquem sempre surpresos de uma forma positiva. Há uma série de formas de surpreender sem gastar a mais por isso. Todos nós gostamos de nos encantar. Surpreender e encantar cria várias oportunidades pelo marketing boca a boca

10. Simplicidade

"Menos não é mais; apenas o suficiente é mais" - Milton Glaser

O mundo está mais complexo que nunca e os clientes ainda continuam respondendo melhor à simplicidade - no design, na forma e função. Enfrentar projetos complexos, desafios, ideias e separá-las nos seus componentes mais simples, permite aos consumidores, equipe e demais stakeholders a entender melhor e comprar seu ponto de vista. Nós humanos desejamos simplicidade e os líderes de hoje também devem focar-se em entregar simplicidade.

11. Gratidão

"Eu gostaria de sustentar que gratidão é a maior forma de pensamento e que o reconhecimento é felicidade dobrada pelo encantamento" - Gilbert Chesterton

Líderes admirados são sempre agradecidos a todas as pessoas que contribuíram para as oportunidades que surgiram e seu sucesso. Ser agradecido e dizer obrigado a mentores, clientes, colegas e outros mantém os líderes modestos, apreciados e bem recebidos. Isto também contribui para você sentir-se melhor. Donor´s Choose estudou o valor de uma nota de agradecimento escrita à mão e que as pessoas que doam algo têm 38% mais chance de doar novamente se tiverem recebido uma nota de agradecimento escrita à mão.

A REGRA DE OURO: Sobre todas as coisas, trate os outros como gostaria de ser tratado.
Mostrando aos outros a mesma cortesia que espera deles, você ganhará mais respeito dos seus colegas de trabalho, clientes e parceiros. Mantendo as pessoas em alta conta, mostra o quanto sua empresa é querida e motiva as pessoas que trabalham com você. Isso parece tão simples, assim como muitos desses princípios e ainda muitas pessoas muito comprometidas em ganhar dinheiro falham na adoção destes conceitos-chave.


O texto "11 Simple Concepts to Become a Better Leader" está neste link.


segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Dicas Para Trabalhar Bem em Família - Parte 2 - "Vai ganhar quanto?"



Uma vez que nos resolvemos e contratamos um parente para trabalhar em nossa empresa, os procedimentos de atenção como os que acompanhamos aqui continuam:

Definição de salário
Ponto muito importante em toda relação trabalhista. E fundamental também quando quem está sendo contratado é um parente. Alguns casos são comuns:

   "Os sem salário" - Inúmeras empresas familiares que conhecemos colocam seus filhos ainda adolescentes          para trabalhar ("Ah...ele vem ajudar a gente") sem receberem salários e, ao crescerem dentro da                  empresa, assim continuam.

Claro que, como seres humanos, precisam de dinheiro para seu sustento e o chefe, em geral o pai ou mãe nesses casos diz "Mas não tem problema! Se ele precisar de alguma coisa eu pago para ele.". Dentro dessas condições já vislumbramos desde filhos-funcionários vendendo perfumaria dentro da empresa (para poder pagar suas contas sem dar satisfação das mesmas aos pais) até retiradas do caixa justificando "Só estou pegando o que me é de direito."

Tudo isso acontece por uma incapacidade ou inabilidade de determinar claramente o que aquela pessoa representa dentro da empresa. Muitas vezes a empresa depende dela mas não é possível definir um salário que traduza isso. 

Ou mesmo ela pode representar pouco dentro da empresa. Mas, para um pai ou mãe fica dolorido traduzir o quão pouco aquela pessoa representa (ainda que profissionalmente) em termos de valor financeiro mensal. 

    "Muito além do que faz" - Existem também os benevolentes que, usando a empresa, premiam os parentes com salários maiores do que o retorno que são capazes de trazer para o negócio. Cargos "estratégicos" e "Divisão de Projetos Especiais" são criados traduzindo o que ninguém sabe traduzir "Mas, o que mesmo ele faz aqui na empresa?". Isso prejudica todo o sistema e desmoraliza líder e liderado profissionalmente.


Adequação necessária - Se a empresa sabe porque motivos profissionais contratou aquela pessoa, é importante que ela seja enquadrada no sistema de cargos e salários, receba adequada e proporcionalmente à sua função e colegas. 

Claro que em empresas em que os filhos dos donos não podem, socialmente, expor uma condição financeira menos abastada, esse filho pode sim receber mais que os outros funcionários. Mas não da empresa. Deve ficar claro o caráter de mesada para bancar o padrão de vida extra. Isso é algo que não deve onerar o negócio e sim àqueles que julgam tal imagem importante.

Observando todos estes pontos acima, concluímos que é preciso definir quem são os profissionais, onde ficarão, para que estão lá e quanto ganharão. Isso traz respeitabilidade por parte da equipe como um todo e o senso de justiça prevalece. 

Lembre-se: O combinado não sai caro...já o que não é combinado tem valor indefinido. Às vezes infinito.


Fonte da imagem: http://www.caminhandojunto.com.br/2011/07/os-4-pilares-da-empresa-familiar-no.html

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

4 MOTIVOS PARA ABRIR O JOGO COM SUA EQUIPE



Em uma situação adversa, quando nem tudo está saindo como achamos que deveria estar, seja porque uma pessoa está no lugar errado, seja porque um setor só entrega papéis com problemas, nos vemos dentro de um esforço hercúleo para convencer os funcionários que acreditem que aquilo "não é bem assim" e que tudo vai bem ou vai melhorar.

E lá vão alguns motivos para estimular você líder, empreendedor a abrir o jogo:

1. Assim como cobrir cabelos brancos ou passar maquiagem, encobrir o que não está certo dá trabalho (muito). Se você tem tido muita mão de obra para sustentar uma opinião talvez você mesmo não tenha percebido que aquilo não é real. A verdade não precisa ser verbalizada. Aquilo é ou não é.

2. Quando tentamos colocar algo para a equipe que não corresponde à realidade, os funcionários se empenham mais em mostrar para você o quão errado está e menos em fazer o serviço deles. O foco fica voltado para o erro e não para a solução.

3. Só assumindo que algo está errado ou abaixo do desempenho esperado é que podemos partir para consertar aquilo. E, se não podemos fazer nada, podemos encontrar formas de vivermos bem apesar daquilo ou compensando aquela falha.

  E olha...é nesses momentos que a crise vira oportunidade. É aqui que temos crescimento intelectual e enquanto equipe.

4. Aumento da confiança. Quando um líder expõe de forma corajosa a real situação e a forma como ele espera que  equipe se posicione diante disso é quando ele ganha a confiança da mesma e, consequentemente, seu empenho.

É desconfortável? É. Mas o alívio após a colocação é proporcional ao desconforto anterior. Coragem e vai lá marcar sua reunião para expor o que realmente acontece.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Dicas Para Trabalhar Bem em Família - Parte 1 - Contratando um Parente



Trabalhar com parentes, amigos ou familiares pode ser assustador, um peso ou uma solução para a empresa e a família. Tudo depende da maturidade estabelecida na relação e o nível de abertura que temos para comunicar o que for preciso.

Aí vão algumas dicas para prevenir atritos e transformar uma saia justa em oportunidade de crescimento para todos:

Contratando um parente:

- Temos vagas? - Quando uma pessoa da família ou amigo próximo se convida ou é convidado para compor o corpo de funcionários de uma empresa, a pergunta essencial é "Precisamos de mais um funcionário? Por que estou chamando essa pessoa para trabalhar comigo, exatamente? Suas habilidades atendem ao que necessitamos aqui?". Contratar somente para "ajudar" o outro pode prejudicar todo o processo que a empresa já tem e levar desconforto aos funcionários que estão lá. Mais vale ajudar seu parente a conseguir uma colocação em outra empresa onde ele será realmente necessário. Isso o ajudará muito mais.

Caso ele seja bom mas precise de ajustes para ser ideal para a colocação, é necessário investir em seu desenvolvimento por meio de acompanhamento, treinamentos e coaching. Assim ele poderá realmente contribuir com a empresa.

- Atenção ao recrutamento - Qualquer pessoa que vá trabalhar na empresa precisa ser devidamente selecionada. Se a empresa for média ou grande, deve passar por uma entrevista com o departamento responsável e o mesmo deve ser ouvido em suas considerações; Deve-se deixar claro que além de parente, aquela pessoa é um profissional. Sua contratação deve valer à pena para a empresa.

- As bases da relação devem ser conversadas - Se a pessoa contratada é hierarquicamente superior na família e está sendo contratada para responder para um filho, neto ou sobrinho, isso precisa ser conversado. É uma situação delicada e, para passar por ela sem arranhões ou com o mínimo deles, o ajuste precisa ser fino. Reuniões de feedback constantes, momentos de desabafo, colocação de limites, cobranças claras e retornos positivos. Tudo que se deve fazer com qualquer funcionário, neste caso, precisa ser muito mais constante e afiado.

- Responder ao sócio - Pode-se contratar um parente para que ele responda ao sócio. Isso teoricamente deve diminuir atritos. É uma forma de lidar com a situação e funciona desde que se dê carta branca ao sócio para liderar como é feito com os demais.

- Observar o profissional - Na família costumamos ter rótulos e sermos tratados de acordo com os mesmos. Estarmos juntos em uma empresa é oportunidade para nos livrarmos dos mesmos e nos deixarmos ver como realmente somos. Isso pode ser revertido em um fortalecimento dos laços e geração de confiança.

Ou seja: pode ser bom ou ruim de acordo com a forma como for feito. O que determina o sucesso é a atenção que se dá à situação e as ações direcionadas para isso. Sem preguiça: refletir e colocar mãos à obra.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Insatisfeito, cansado ou irresponsável?



A Você RH publicou aqui uma pesquisa que conclui sobre o alto grau de insatisfação dos funcionários com seus chefes.

Muitas das pessoas que procuram nossos serviços de coaching se dizem sem norte dentro da empresa, oprimidas ou desrespeitadas pelos chefes e com a certeza de que aquele que está acima provavelmente está lá por acaso. Querem mudar, buscar pessoas que os orientem, que ensinem, que dêem oportunidade de crescimento profissional não em termos de cargo e salário só mas principalmente de aquisição de desafios, conhecimento e experiência.

E assim seguimos com líderes que não pararam para se perguntar "Como posso ser um líder melhor?". Reclamam todos os dias de como está difícil conseguir gente capacitada, de como as pessoas são pouco comprometidas, etc, etc.

E também temos os colaboradores que continuam terceirizando sua gestão de carreira sem se perguntarem "Como posso ser eu um profissional melhor, conseguir mais oportunidades, galgar novos patamares profissionais? O que eu posso oferecer para esse negócio, para a sociedade?".

Em tempos de apontamentos, que tal nos voltarmos para dentro enquanto líderes e funcionários e tomarmos nossa parte de responsabilidade? Vamos dar a chance para que a relação dentro da empresa seja produtiva, de nos empolgarmos e enchermos de alma nossas atividades. O que mais vemos são pessoas, todos os dias, repetidamente, reclamando de sua sorte, de sua sina. Você realmente se contenta em ser mais um desses?

Amanhã é sexta-feira. Ao invés de já declarar finita a semana, lance mão a uma tarefa que o desafie, que o torne melhor para você, seus funcionários, líderes, parceiros e clientes.

E depois, ao final do dia, você terá muito mais motivos para comemorar além do simples fato de ser sexta-feira.



(imagem de http://www.gospelmt.com.br/2012/04/por-onde-comecar/)

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

PROTEGIDOS DAS DIFERENÇAS



Nesta última semana veio a notícia de que mulheres e negros ficam mais tempo desempregados que homens, em geral.

Me pergunto sobre nossa hipocrisia enquanto sociedade, não olhando para as diferenças de uma forma madura. São estabelecidas leis, cotas, "proteções" e o diálogo aberto vem pouco à tona.

Afinal de contas, é um território minado para se falar qualquer coisa. Ninguém quer se comprometer em ser tachado de racista ou machista, homofóbico ou contra qualquer religião que haja mas, ao mesmo tempo, protege seu pequeno território empresarial das diferenças que temos.

Cada um defende a sua maioria ou minoria. E há uma percepção de que, em muitos momentos, deixamos de olhar a pessoa, o profissional que está à nossa frente para verificarmos apenas os rótulos, as possibilidades ou dificuldades que cada gênero, raça, escolha religiosa ou orientação sexual possam, na nossa visão turva, trazer para a empresa.

Ainda não nos demos a chance de comprovar que é na diversidade que há crescimento real.

Achamos feio o diferente e não nos damos ao direito de olhar novas formas, ouvir novos pensamentos, analisar, refletir. O fato de olharmos não significa que vamos nos tornar aquilo. Não somos assim tão frágeis. Mas se olharmos bem de perto e de forma corajosa, veremos que o diferente é sim, muito parecido conosco. É um ser humano, um profissional, assim como qualquer um de nós.


quarta-feira, 14 de agosto de 2013

ERRAR PARA CRESCER



Quando se é responsável por qualquer organização que seja, ao ver alguém da mesma errando, fica difícil segurar e não passar por cima da pessoa para evitar o erro. 

Seguramos a colher da criança para que ela não derrube a comida, pagamos as contas porque só nós sabemos direito mexer com aquilo, atendemos os clientes diretamente porque "ninguém sabe ter O jeitinho certo" para falar com eles. 

Evita-se o erro no momento. E, ao mesmo tempo, aumentamos e prolongamos o problema de não formarmos pessoas capazes e futuros líderes nas nossas organizações, na sociedade.

Aprender a conviver com o erro como uma forma de aprendizado e crescimento, mais do que saná-lo, é tarefa para a vida toda.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Pequenas Mudanças


Por muitas vezes a vida que levamos é pesada, cansativa, "sem saída". Não encontramos saída dentro do que vivemos, da rotina que temos, do trabalho, da vida familiar. Tudo se torna repetitivo e cansativo.

Dá vontade de sair, desistir. Desistir do negócio, do casamento, do emprego, da amizade. Desistir para sobreviver. Para ver o que tem do lado de lá, sem aquela rotina, sem a obrigação.

E muitas pessoas realmente desistem. Jogam para o alto e se "libertam" para, pouco depois, perceberem que só precisavam de um tempo, de férias, de uma volta. Precisavam mudar os móveis de lugar, arejar a rotina, comemorar as pequenas coisas, viajar, mudar a forma de fazer.

Esvaziar o copo antes que transborde. Dar-se um descanso, dar-se a chance de fazer coisas diferentes.

Quando ficamos doentes, saturados, a vida exige tempo. Que tal usufruir dele antes do limite?

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

ATENÇÃO AOS SINAIS

Nas empresas em que trabalhamos, muitas vezes vemos conflitos entre colegas no que diz respeito a "passar por cima para resolver um problema" ou atender um cliente. 

Obviamente a hierarquia que rege o local deve ser respeitada - é uma questão ética - mas, se estão passando por cima de você ou de algum colega com frequência, talvez seja a hora de observar se está conseguindo atender seus clientes externos e internos de forma adequada. 

Fique atendo aos sinais e feedbacks informais. Antes de brigar com quem "passou por cima de você", pergunte por qual motivo o fez. Isso ajuda a esclarecer e suprir falhas eventuais.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O que, afinal de contas, é COACHING?


Uma pergunta feita com frequência é "Mas, afinal de contas, o que é exatamente coaching?".

Coaching é um processo de desenvolvimento profissional. Pode ser junto a líderes, funcionários, empreendedores ou pessoas que querem se reposicionar no mercado, entrar nele ou voltar para ele.

Conta com a atuação do coach que irá conduzir o processo em geral com tempo definido e determinado, de acordo com os objetivos a serem traçados. São feitas reuniões e nelas se conversa sobre os objetivos da pessoa, as dificuldades que vem enfrentando profissionalmente e suas conquistas.

São passadas tarefas as mais variadas e a evolução do processo depende da execução das mesmas. Coach sozinho não faz milagre. Muito pelo contrário. Costumo dizer que assim como o nome que adota (treinador) é quem fica ao lado do campo observando, corrigindo, incentivando, dando os exercícios corretos, comemorando os resultados ou "mandando para o chuveiro" quando é a hora. Se não houver um bom "jogador" treinando, nada acontece.

Se ele quer mudar e está disposto a mexer-se para isso, nada como estar com um profissional que o oriente para tal. Se ele acha que precisa mudar mas não está disposto a lutar por isso, nada, ou quase nada acontece.

Em geral as empresas contratam o coach para melhorar o desempenho de funcionários, sua capacidade de liderança, etc. Os objetivos, neste caso, são definidos entre as três partes: coach, empresa contratante e profissional. Entretanto, o vínculo do coach é com o profissional. Há sigilo sobre o que é conversado e, com a empresa, são feitas reuniões regulares para verificação da evolução do coachee (profissional que está passando pelo processo de coach).

É um processo de evolução e que dá bases para novas mudanças futuras. A pessoa que passa por ele passa a realizar mais com direção definida o que gera resultados efetivos, incremento da autoestima e autoconhecimento, além da evolução propriamente dita.

Fonte da Imagem http://marciarodrigues.imed.edu.br/wp-content/uploads/2013/03/resultado-atual-e-desejado.jpg

Recomendação de Livro


Normalmente, deixo nessa lista ao lado os livros recomendados. Realmente acredito que cada um deles valha o tempo dedicado por gerarem um acréscimo pessoal e profissional.

Um dos melhores lidos neste ano foi "Faça Acontecer" de Sheryl Sandberg. Especialmente interessante para mulheres que querem construir sua carreira sem abrir mão de uma vida pessoal ou, particularmente, familiar, com marido, filhos e todos as tarefas embutidas neste conceito.

Ao mesmo tempo que é libertador - ela coloca como é possível fazer isso sem precisar virar do avesso e nem ser perfeita - é empoderador. Valoriza as mulheres enquanto profissionais e mães, expõe porque as mulheres no mundo empresarial realmente são diferentes dos homens e como podem usar isso a seu favor de forma profissional.

Mas o melhor de tudo: é real. Expõe como as dificuldades que temos existem realmente, como a discriminação no ambiente de trabalho é presente e como podemos construir ou reconstruir uma carreira contando com todos estes fatores e mais as tarefas advindas da maternidade.

Recomendo com força!

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

6 AÇÕES INTELIGENTES PARA AS NOITES E MANHÃS



Traduzido bem livremente da publicação no OPENFORUM.COM "THE 6 SMARTEST THINGS YOU CAN DO EVERY NIGHT AND MORNING" (de Bruna Martinuzzi e Rieva Lesonsky) estas ações podem realmente fazer a diferença no seu dia. 

À NOITE:

Quer ter um bom dia de amanhã? Comece hoje à noite com rituais para liberar sua mente, limpar seu espírito e organizar seus negócios e sua vida.

1) Faça uma Lista à Noite - Sendo uma variação da tradicional "To do List", esta deve conter os itens a seguir, como uma preparação para o dia seguinte:

"Amanhã eu irei_________________"
"Para estar preparado, preciso__________"
"Me lembrarei de___________"
"Os pensamentos que estão circulando minha mente agora são__________"
"Também preciso me lembrar de___________"

2) Deixe separadas as roupas que usará amanhã - Se você tem o costume de fazer exercícios de manhã, já deixe a roupa preparada, a mochila montada, bem como a roupa que vestirá depois da ginástica, pasta, bolsa, celular e acessórios que irá usar. Assim vai ser muito mais fácil levantar e já calçar os tênis, sem perder tempo e animação.

3) Perdoe-se - Examine seu dia e não apenas lembre-se daquilo que fez  mas perdoe-se pelos seus erros, enganos ou problemas que tenha causado. Pense no que aprendeu com o ocorrido, guarde a lição e liberte-se dos maus sentimentos.


DE MANHÃ:

Essas dicas o ajudarão a começar bem a manhã e manter-se produtivo ao longo do seu dia.

1)Faça algo por você mesmo - Pode ser exercitar-se, meditar ou tomar um banho bem gostoso e energizante. Escolher uma atividade que te "alimente" e o coloque no centro, é a melhor forma de começar o seu dia. É impressionante como problemas que surgiram durante a jornada de trabalho podem ter sua solução encontrada em momentos em que está dedicando a si mesmo ou fazendo coisas que não têm nada a ver com trabalho.

2) Tenha uma rotina - Isso o ajuda a colocar-se no piloto automático para ações básicas que devem ser feitas de manhã - o que comer, o que vestir -  e que podem ser feitas mesmo antes de você estar totalmente acordado. O Presidente Obama declarou em uma entrevista que só usa ternos azuis ou cinzas o que o ajuda a não perder tempo e energia decidindo o que vestir pela manhã.

3) Comece suas tarefas com um grande desafio ou várias pequenas tarefas fáceis de serem executadas - Nos dois casos, você tende a ter, logo no início do trabalho, a sensação de grande realização. Ou porque já fez algo realmente importante e trabalhoso ou porque já eliminou vários pequenos itens de sua lista.


terça-feira, 30 de julho de 2013

Atrás de quê você se esconde?

Os dias, as semanas, meses e anos vão passando. Os resultados não chegam, as oportunidades passam, a felicidade, o dinheiro, as realizações não chegam. Mas mesmo assim, muitas vezes as pessoas têm a sensação clara de que trabalham tanto, tanto mas sem ver o retorno "merecido".

O que você faz que ocupa tanto o tempo daquilo que deveria fazer para chegar onde quer? Em que deposita sua vida, seu agora? Para muitos, muito importante parece pegar um extintor e apagar incêndios...que poderiam nem existir, caso o tempo estivesse sendo melhor planejado.

O que, na nossa vida, poderia ser delegado para podermos ter tempo de correr atrás dos nossos objetivos e não do prejuízo por não persegui-los?

Aproveitar o tempo, a vida. Pensar no hoje como uma oportunidade. Se é segunda-feira, QUE BOM! Você tem uma semana pela frente para conquistar o que deseja. Planeje-se e cuide do seu tempo com capricho. Faça valer a sua vida.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Gentileza gera Gentileza - e bons resultados!



Compartilho este vídeo fazendo das palavras do Inspetor Meirelles as minhas: gentileza gera gentileza. E educação você pode levar para todo lugar.

O profissional de trânsito normalmente é discriminado e visto unicamente pela sua função de aplicar multas ou facilitar o trânsito em situações específicas. Este profissional re-significa o trabalho desta categoria educando. A educação que produz mudanças efetivas.

Como você, em sua função, pode fazer alguma diferença hoje? Como a sua presença pode ser desejada e festejada no seu trabalho em função dos resultados que traz?

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Conversar


Quero falar sobre conversar.

Em empresas grandes e bem estruturadas fazer reunião é uma prática comum. Tão comum que podem até ocorrer em excesso, gerando reclamações e perda de tempo (quando são marcadas sem motivo ou objetivo específico).Entretanto, o que se percebe é que em empresas pequenas, médias e até nas famílias, sentar para conversar é uma prática que tem sido deixada de lado (ou nem chega a existir) justamente pela falta de tempo.

Conversar sobre qualquer coisa ou frivolidades é comum. Conversar sobre o que interessa, falar sério sobre algo do dia a dia, isso sim muitas vezes é deixado de lado. Fala-se pouco sobre o que se sente; toca-se pouco nas feridas e nos problemas de verdade.

Pensando em uma empresa, muitas vezes elas se organizam em setores e esquecem que os mesmos precisam conversar. Fica-se muito tempo reclamando do setor do lado sem parar para olhar o todo. Quando a situação complica muito, chama-se uma consultoria que faz o quê? Conta para todos o que ela vê de "fora". A mesma coisa que todos veriam se estivessem conversando, trocando.

Fica-se horas e mais horas nas tocas (leia-se baias, salas, etc) pensando no cliente lá fora, nas empresas "do mercado" e pouco se sai para explorar, conhecer, perguntar ao colega do setor ao lado algo simples como "o que meu setor poderia fazer para facilitar a vida do seu?".

Pouco se pergunta "como foi seu dia?", "precisa de alguma coisa?", "o que eu posso fazer por você?", "o que, na minha atitude, está te atrapalhando?". Ei, você! Tem coragem de fazer uma pergunta dessas? E se te perguntarem isso, você responderia sinceramente ou "escorregaria" simplesmente para não se comprometer?

Em tempos de redes sociais, valorizar a qualidade das suas relações pode fazer muito mais diferença do que a quantidade de amigos que você coleciona na sua página virtual. Eleja três contatos entre familiares, parceiros e colegas esta semana e ligue (telefone mesmo) ou vá fisicamente até eles. Conecte-se de verdade, olho no olho e perceba o quanto a conversa verdadeira pode fazer por você e pelo seu dia.

Seja o principal veículo da sua rede social.


quarta-feira, 3 de abril de 2013

Quem grita mais leva!


Uma amiga me contou que recebeu uma ligação de uma colega na qual a mesma a cobrava sobre a resposta a um email enviado. O detalhe: o email nunca foi recebido. A forma de cobrança: acusações, cobranças e ofensas explícitas (a ponto dela achar que havia sido engano).

Falando sobre isso percebemos que este tipo de atitude vem sendo tão comum que até rimos (de nervoso). Alguém que ofende o outro vira uma lenda. Alguém de quem podemos rir e contar sobre o acontecido na mesa de bar. Grosseria ficou comum. E até já percebemos que muitas pessoas treinam para ser grosseiras porque, obviamente, atendemos sempre a criança que chora mais.

Aquele cliente educado, paciente, COITADO. Fica esperando pelo menos pelo período padrão determinado. Mas o que chega no balcão e EXIGE  que fique pronto logo, esperneia, chama gerente, ofende o balconista não. A tendência é que este seja atendido rapidinho seja para abafar o burburinho ou para se ver livre logo do chato.

Onde fica a linha entre um profissional que tem uma agressividade saudável para atingir resultados e a falta total de educação e noção de limites? Onde foi que o Brasil perdeu o tato? Como é que as pessoas não têm medo de se expor agressivamente para o outro - muitas vezes desconhecido delas - e ter consequências ruins disso no futuro?

Primeiro: Minha teoria é que as bases não andam lá essas coisas. Não temos mais tempo e/ou paciência para educar crianças. Lidar com birra é difícil, ensinar limites e consequências (pelo amor de Deus) é tarefa insana e poucos fazem. O resultado, estamos vendo, uma série de crianças de 20, 30, 40, 50 e mais sem limites, capazes de espernear a qualquer momento, lugar ou circunstância que os contrarie. Frustração é um sentimento terrível e, se não aprendemos a lidar com ele e nos controlar quando crianças, fica difícil fazer isso mais tarde. Difícil mas não impossível viu esquentadinho?

Segundo: Uma pessoa agressiva profissionalmente gera resultados rápidos a princípio. É fato. Quem berra mais, em geral, leva. No começo. Então, por algum tempo, este tipo de perfil pode ser valorizado e o chefe e colegas, apesar de se incomodarem, fazem vista grossa porque os ganhos estão compensando as perdas...até que o placar fique igualado ou negativo.

Terceiro: As empresas e empreendedores são tão medrosos que têm medo de cliente que grita. É melhor atender porque vai que ele não volta mais, não é? Com isso a sociedade premia e incentiva a grosseria e a falta de educação. Tem muita gente mansa que se acha "por fora" porque acha que quem é agressivo consegue as coisas mais facilmente na vida. "É mesmo! Fui lá e fiz o maior barraco! Botei o botafogo em campo e eles saíram rapidinho para fazer o que eu queria!" Ô! Quantas vezes eu não vi gente falando isso, se gabando e, pior, eu pensando "Nossa...quando eu crescer quero ser assim. Meu deus...porque eu não aprendi isso? Eu precisava ser assim, mais assertiva!".

Não confunda assertividade com grosseria. Lição de super nanny: você não precisa gritar com seu filho para ele fazer o que você quer. Uma das técnicas é ficar no nível dele (no caso, a altura, mas pode ser também, de entendimento), olhá-lo nos olhos e falar com firmeza. O mesmo vale para tratar adultos. Principalmente os que não amadureceram.

Dito isto creio que precisamos trabalhar todos os pontos: cuidar dos nossos (filhos, sobrinhos, netos) investindo tempo e dinheiro no que realmente vale à pena (educação em CASA e na escola, viu Brasil?!). Estarmos atentos e agirmos quanto aos "barulhentos competentes" que ganham causas e clientes no grito, que ameaçam funcionários e geram resultados na base do assédio moral (para não falar nos outros) e aprendermos a colocar o cliente no lugar dele porque não, nem sempre ele tem razão!

Quem fura fila tem que ser ignorado, quem grita precisa ser tratado com educação e limites. Não é preciso responder ao cliente mal educado no mesmo nível que ele mas simplesmente colocar que para atendê-lo as bases de tratamento precisam ser mudadas.

Se isso não é o suficiente para convencê-lo, preste atenção: pessoas boas, calmas e educadas não gostam de ambientes confusos. Se você quer preservar pessoas assim perto de você e do seu negócio, valorize-as e dê a elas recompensas por isso. Permita que sintam-se realmente especiais (elas são!). Não faça questão de manter clientes baderneiros porque eles não permanecem (sempre acharão alguma coisa que os desagrada) e, além disso, espantam o bom cliente.

Talvez assim, mostrando onde isso mexe nos resultados ($$), consigamos alguma mudança. Será?

quarta-feira, 20 de março de 2013

De-cisão


Por muito tempo eu viajei todos os dias a Rodovia dos Bandeirantes. Depois me rendi, fui para a cidade grande, morei perto do trabalho um tempão. Mudei de novo para o interior, fiquei amiga da Dutra.

São Paulo é uma ótima cidade. Lá as pessoas podem crescer de uma forma rápida, ganhar muito dinheiro, aprender a ter profissionalismo e, no caso de quem vem do interior, trabalhar em São Paulo alimenta o ego. Em São Paulo eu fiz muitos amigos, eu aprendi a ser gente grande, vesti salto alto, voei de avião a trabalho pela primeira vez e ganhei minha primeira pasta de consultora. É eletrizante e viciante estar em São Paulo.

Além disso, tomei muita chuva, perdi alguns chinelos nas enchentes de lá, passei no meio de tiroteio (!!!) e, em um dia após ficar 2 horas presa dentro do metrô, resolvi sair. Abri mão. Quis saber como era ver o dia nascer e o entardecer do meu quintal.

Fiz escolhas. Fui aprendendo dia após dia que não é possível ter tudo. Mas é possível ter aquilo que seu coração mais quer.

Houve um tempo em que as minhas escolhas me levaram a uma rotina de caos. Demorou um pouco até eu achar, no meio do caos, onde estava a minha escolha. Foi como encontrar um diamante no meio da bagunça "ah...aqui está a razão de tudo. Vale à pena? Sim, vale." E o melhor foi quando tomei consciência de que a bagunça ia passar. E passou.

O que quero dizer com tudo isso é que cada um pode fazer sua decisão. Os sinais de quando está na hora de mudar, de decidir, são sutis mas presentes. Quando se olha muito pela janela do escritório, preferindo ser qualquer pessoa a estar passando por lá a ser você o observador, talvez seja um sinal. Quando seu coração está batendo fora de você, pulsando por algo maior, talvez seja a hora de prestar atenção nele.

Independente de qual seja o seu sinal, fique atento: você está onde gostaria de estar? Você faz o que gostaria? Onde mora seu coração neste momento?

Pode ser que não possa sair correndo agora. Mas pode dar encaminhamentos e planejar mudar.

Por favor, esteja acordado. Consciente. Se você, sua vida, carreira, rotina não estão de acordo com o que você gostaria, saiba que você é o único responsável e capaz de mudar alguma coisa. Não faça corpo mole para tentar ser mandado embora, ainda que inconscientemente não provoque as pessoas ao seu redor para justificar ações arbitrárias da sua parte. Não diga que só fez tal coisa porque fulano ou beltrano provocaram.

Seja responsável pela sua vida, peça ajuda, busque saídas, analise e faça. Pare de dizer que é gordo porque seu metabolismo é lento; que está na empresa que te faz infeliz porque o pacote de benefícios é uma loucura. Não se venda por vale-refeição, pelo amor de deus.

Quando decidimos sempre temos uma perda. Mas, ao focar no ganho fica muito mais fácil superar a perda e ir ao encontro de si próprio. Fica mais fácil dormir menos, trabalhar mais e buscar o que se deseja. Como eu li em um livro, o que queremos de verdade, o nosso sonho não está em nenhuma revista ou lugar mirabolante. Está aí dentro de você, esperando você parar e olhar. Consegue?


terça-feira, 5 de março de 2013

Ser...

Tem me chamado a atenção - muito! - a necessidade das pessoas mostrarem que são felizes, que estão bem, que têm sucesso, que são o profissional mais bem sucedido do universo, que são as mães e pais mais felizes do mundo, que os filhos são o máximo, que amam mais e são mais amadas que todos. Me parece sim que em quase tudo tem algum grau de comparação superlativo.

Não tem graça eu ser só feliz. Tenho que ser a pessoa MAIS feliz do MUNDO. Meu carro, na estrada, tem que ser o maior, o mais veloz e mais caro (agora ele tem que ser pérola também, que é a cara da riqueza). A bolsa, ah, a bolsa...ela tem que ser a mais cara, da marca mais fashion mas, se perguntarem, jamais se falará que foram pagos os olhos da cara. Conseguiu suuuper em conta sei lá onde de sei lá quem que foi para algum lugar que o outro não pode ir.

Neste mundo de agora não tem espaço para a tristeza, para o ócio, para o bode. Não é eficiente ficar triste. Gente triste dá azar. Ah, desculpe! Não se pode falar azar porque azar atrai azar. Só pode ser "má sorte". E só de ler esse parágrafo, você provavelmente vai ficar coberto disso "aí" que escrevi.

Somos muito felizes, mas não podemos ser completos porque não podemos ser tristes. Não podemos estar tristes. Não podemos fracassar, dar um passo em falso, a menos que esse passo já tenha sido dado há muito tempo e agora você está contando o quanto superou sua dificuldade e está ótimo.

Por isso, talvez, que eu adore as personagens como a Funérea. Essas coisinhas mal humoradas e politicamente incorretas, inoportunas e muito, muito sinceras. Esses que dizem exatamente o que muita gente pensa mas acha que é errado pensar ou sentir (falar nem pensar). É errado ser, a menos que você seja um personagem recém chegado ou saído da ilha de caras. A menos que você seja um slogan.

Tudo bem que todos gostamos mais de ver o que é bonito, mas está todo mundo tão bem que eu desconfio. Eu estou bem, mas não estou TÃO bem e muitas vezes na semana, nem bem estou. E tenho quase certeza de que se uma pessoa precisa anunciar onde quer que seja que está TÃO BEM ou isso não é verdade ou a insegurança é imensa e a solidão de si próprio é a única presença.

Ter coragem de ser quem se é. Andar seu próprio caminho sem comparar-se com quem está ao lado. Me parece um pouco utópico pois quando seu carro e sua bolsa são maravilhosos, caros e raros, isso causa inveja (inveja mesmo porque esse papo de inveja branca é para boi dormir). Quando você diz que sua vida é perfeita, seu namorado, marido, esposa, filho, mãe ou sei lá o que são os melhores do mundo, isso gera incômodo porque quem lê não pensa em você e sim onde errou que não alcançou tanta perfeição.

O ponto é: quando você é você mesmo, corajoso para isso, independente do que seja, pode ser que seja polêmico, contraditório, ou até "normal". Mas nesse caso você torna-se um exemplo de verdade porque é alguém possível. Ser a si próprio é possível e, sério, dispensa anúncio.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

AJUSTE DE FOCO

Uma cliente querida me indicou o livro "O FOCO DEFINE A SORTE" de Dulce Magalhães e, confesso, o adquiri realmente porque ela falou muito sobre ele. Não estava muito animada, pensando que deveria falar sobre como eu precisava me focar mais para conseguir resultados. Lembrei das épocas de vestibular, focada sobre livros e apostilas e senti algum arrepio mas, apesar disso, me rendi à indicação.

Livro nas mãos, óculos nos olhos e fui me entregando. No começo o achei meio repetitivo mas uma frase me conquistou para todo sempre. Era algo como "As pessoas não se sentem frustradas por não conseguirem o que querem. Elas se frustram por não quererem o que conseguiram.". Elas se frustram por não quererem o que conseguiram.....

Uuuuuuuu!!!

Senti uma pontada no estômago ao ler isso. Bateu doído e com tão pouco me derrubou. Então era esse o foco: não para onde eu olho. Mas como eu olho. Como eu vejo, enxergo (se é que estou vendo) o que eu tenho hoje. Incluí nisso minha família, meus "bens", meus "mals", minha realidade, cotidiano, minha carreira e, principalmente, acima de tudo, as minhas RECLAMAÇÕES. Meu Deus, como eu reclamo! Como, por muitas vezes, falta água na metade do meu copo. Assumo.

Não quero dizer o que é certo ou errado mas, se eu pensar que de cada pouquinho que reclamo é como se jogasse um pouco da minha vida no lixo, a conta fica bem alta. Ao passo que se eu reciclar a minha realidade pensando em tudo que simples coisas podem ser, eu ganho. É isso que pode ser mudado: olhar e olhar mais uma vez para o que acontece comigo me permite encontrar tantas faces, tantos focos que o ganho fica quase sempre maior que qualquer perda.

E o mais interessante: recordando "o que eu queria ser quando crescer" eu me lembrei que queria ser e estar exatamente onde, como e com quem estou hoje. Poderia estar melhor? Sempre! Mas é isso o que tenho hoje e é isso que posso comemorar e mudar, se assim desejar.

Minha sorte depende de se eu olho, de como eu olho e se aceito, abraço e acolho ou não o que eu tenho. O que eu conquistei.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Você chega no horário?

Quando você marca um compromisso, cumpre o horário?

Penso que no Brasil atraso é ibope. Se você atrasa, se falta, o outro pensa mais em você, te liga. Então, creio eu, as pessoas atrasam para sentirem-se amadas, lembradas. Quem espera é sempre aquele que mais se importa. O tonto, traduzindo para o português claro. Quem atrasa é o bacana que tem mil coisas para fazer e deu a honra da presença dele, ainda que atrasado.

Marcam compromissos em São Paulo e têm coragem de dizer que se atrasaram por causa do trânsito "O trânsito estava péssimo". Meu, o trânsito É péssimo há décadas!

Você agenda uma reunião com o cidadão, chega na hora e ele te deixa meia hora esperando. Quanto mais importante ele for, mais te deixa esperando (em geral, ok? Não estou falando dos ótimos profissionais muito importantes). Por quê? Para que você pense que ele é muito ocupado (e desorganizado, e grosseiro e sem educação)?

Agende uma festa que começará 17:00h e você terá bem uns 40% que SABEM que se chegarem nesse horário te pegarão de toalha no cabelo e chinelo, sem nada da festa pronto. Outros 50% aparecerão às 19:00h (que livremente traduzem 17 por 19) e o restante às 21:00h, aqueles que querem ibope ao chegarem. Estes ouvirão "Nossa!!! Que bom que você veio!! Achei que não viesse mais!". Como diz uma amiga minha "Esse pessoal que se acha estrela!".

Ah....mas a melhor: quando você não vai ao compromisso. Não está com vontade de ir, não tem coragem para assumir que não tem vontade então manda um "ai desculpa que não deu para ir...é que tive um imprevisto." depois de uma semana de marcado o compromisso. Tem tempo para teclar nesses abençoados celulares o tempo todo mas para dar uma ligadinha e avisar da falta ou atraso não dá.


Para que horário, não é mesmo? Substitui logo por período e ninguém fica chateado.  O que, aliás, eu tenho visto muita gente fazer. "Ah...vai ser no comecinho da tarde...", "No meio da manhã", "Final de tarde", "Tardão da noite". Talvez isso crie uma incerteza, uma certa insegurança, não sei, e as pessoas acabam indo para garantir que chegarão a tempo de pegar o melhor da festa.


Ou seja: a hora em que você chega na festa tem que ser algo meticulosamente calculado - nem tão cedo que ainda estejam colocando as mesas e nem tão tarde que já tenham cortado o bolo. Tudo bem incerto, tudo no jogo de cintura, tudo bem brasileiro.

Ai que canseira!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Co-responsável


O dia amanheceu com inúmeras análises, opiniões, fotos, anúncios e a pergunta com muitas respostas: "de quem é a culpa?"; quem afinal foi responsável pela morte de tanta gente em uma boate em Santa Maria?
Assim como nos perguntamos em tantas situações em casa, no trabalho, no trânsito, na academia. De quem é a culpa? Quem fez isso?
Como se a resposta fosse o suficiente. Como se revertesse, evitasse, prevenisse, consolasse.
Foram os seguranças que não queriam deixar os jovens sair? O dono da boate sem alvará, janelas, saídas de emergência? A banda que soltou os fogos? O prefeito, o fiscal, o diabo?

..........

Se o problema é culpa...

A culpa foi minha. Eu assumo a minha parte. Minhas pequenas e criminosas corrupções, as vezes em que votei sem pesquisar, a nota fiscal que não pedi, os momentos em que não exigi meus direitos para não parecer chata, a bronca que não dei, o direito que não usufrui, a indignação que não virou voz, o arrependimento por ter falado, as vezes em que não me respeitei como pessoa, como cidadã. E outras coisas que não tenho coragem de publicar.
Estive em tantos lugares como aquele ciente de que algo poderia acontecer (locais muito fechados, com saídas de emergência com correntes e cadeados...) e nunca procurei uma autoridade, nunca permiti que isso passasse de um breve pensamento a ser engolido com o próximo gole de cerveja.
Brasília é longe. O ego é grande. O senso comum não tem voz para quase nada que preste. Curtimos tanta bobagem e não lemos tanta coisa importante. Quase não leio instruções. Não conheço saídas de emergência, não sei manusear um extintor e, mesmo que soubesse, não sei se pensaria nisso.

O que eu fiz quando soube da tragédia? Não liguei a TV assombrada com a certeza de que um dia meu filho vai entrar em um lugar daquele...sem janelas, sem saída, sem consciência.

Pedi a Deus pelas famílias que lá estão chorando seus mortos (tão, tão jovens), pedi pelo meu filho, agradeci por ter passado ilesa dessa fase e vim aqui assumir minha co-responsabilidade e colocar um pouco de poder nas minhas mãos refletindo que é melhor ser chata e exigir meus direitos, bater boca, descer do salto (com ou sem tanta elegância), lutar, pesquisar, perder dinheiro, perder tempo, ficar descabelada e doida, fazer a minha parte e salvar uma vida que seja.

Uma vida que seja.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Hábitos e as Reações em Cadeia

Continuarei a falar mais um pouco sobre o livro "O Poder do Hábito" já citado aqui anteriormente.

Um dos pontos mais animadores sobre a revisão e mudança de hábitos é que, conforme cita o autor, o hábito "vaza" para outras áreas correlacionadas.

Em relação aos exercícios, por exemplo, Duhigg cita que, para quem não os praticava, começar a, habitualmente, praticá-los uma vez por semana tende a levar a pessoa a "alimentar-se melhor, fumar menos e ter mais paciência com familiares e colegas" (mudanças mais óbvias, eu diria). Além disso, (veja só!), "usam seus cartões de crédito com menos frequência e têm menos estresse".

Da mesma forma, famílias que se habituam a jantar juntas tendem a educar melhor seus filhos, estes apresentam "maior aptidão para lições de casa e, consequentemente, melhores notas, maior controle emocional e confiança". Provavelmente também uma maior facilidade de relacionamento e comunicação.

Além desses, o que mais me chamou a atenção, talvez pela simplicidade do ato e benefícios: "arrumar a cama toda manhã está ligado a maior produtividade, sensação de bem-estar e menor número de despesas supérfluas".

O autor deixa claro que a questão não é que você, arrumando a cama, vai gastar menos, mas que há "reações em cadeia que ajudam outros bons hábitos a se firmarem". (só para garantir, a minha está arrumada :-)).

Vale a pena testar. Deixar a escrivaninha em ordem para o dia seguinte e uma agenda feita com os principais compromissos já são grandes passos para uma organização maior e consequente melhor aproveitamento do tempo. Pelo menos, o bem-estar de encontrar o espaço de trabalho organizado já é garantido!

Mãos à obra!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Os Hábitos

Final de ano e um excelente livro veio às minhas mãos: "O PODER DO HÁBITO" de Charles Duhigg. O autor é um jornalista que conta vários casos de pessoas e empresas que evoluíram (ou despencaram) em função de novos hábitos; ele fala sobre variados estudos e resultados que os hábitos podem gerar no nosso dia a dia.

Ao final do livro, um conto sobre peixes novos que vinham nadando e encontram um peixe mais velho. Este diz "Bom dia! Como vai a água hoje?". Os dois se entreolham sem entender do que se tratava.Simplesmente não sabiam o que era "água". Ela sempre esteve ali. Os hábitos são assim: eles existem sem que percebamos e, sendo fundamentais, podem tanto nos manter bem quanto nos levar para caminhos aos quais não desejamos ir.

Sendo uma água pela qual nem percebemos estar nadando - a não ser que prestemos atenção - fica o convite: observe seu dia a dia. Que coisas você realiza - ou deixa de realizar - simplesmente porque "sempre fez assim"?. Que procedimentos, dentro do seu trabalho, são realizados sem pensarmos no motivo deles, ainda que consumam horas e horas de trabalho? Será que o motivo para serem realizados desta forma ainda existe?

Questione e surpreenda-se. A mudança não precisa ser algo extraordinário. Ela pode vir de uma simples "re-visão" e gerar muitos resultados.

Olhos abertos, mãos à obra. E que venha 2013!