terça-feira, 16 de abril de 2013

Gentileza gera Gentileza - e bons resultados!



Compartilho este vídeo fazendo das palavras do Inspetor Meirelles as minhas: gentileza gera gentileza. E educação você pode levar para todo lugar.

O profissional de trânsito normalmente é discriminado e visto unicamente pela sua função de aplicar multas ou facilitar o trânsito em situações específicas. Este profissional re-significa o trabalho desta categoria educando. A educação que produz mudanças efetivas.

Como você, em sua função, pode fazer alguma diferença hoje? Como a sua presença pode ser desejada e festejada no seu trabalho em função dos resultados que traz?

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Conversar


Quero falar sobre conversar.

Em empresas grandes e bem estruturadas fazer reunião é uma prática comum. Tão comum que podem até ocorrer em excesso, gerando reclamações e perda de tempo (quando são marcadas sem motivo ou objetivo específico).Entretanto, o que se percebe é que em empresas pequenas, médias e até nas famílias, sentar para conversar é uma prática que tem sido deixada de lado (ou nem chega a existir) justamente pela falta de tempo.

Conversar sobre qualquer coisa ou frivolidades é comum. Conversar sobre o que interessa, falar sério sobre algo do dia a dia, isso sim muitas vezes é deixado de lado. Fala-se pouco sobre o que se sente; toca-se pouco nas feridas e nos problemas de verdade.

Pensando em uma empresa, muitas vezes elas se organizam em setores e esquecem que os mesmos precisam conversar. Fica-se muito tempo reclamando do setor do lado sem parar para olhar o todo. Quando a situação complica muito, chama-se uma consultoria que faz o quê? Conta para todos o que ela vê de "fora". A mesma coisa que todos veriam se estivessem conversando, trocando.

Fica-se horas e mais horas nas tocas (leia-se baias, salas, etc) pensando no cliente lá fora, nas empresas "do mercado" e pouco se sai para explorar, conhecer, perguntar ao colega do setor ao lado algo simples como "o que meu setor poderia fazer para facilitar a vida do seu?".

Pouco se pergunta "como foi seu dia?", "precisa de alguma coisa?", "o que eu posso fazer por você?", "o que, na minha atitude, está te atrapalhando?". Ei, você! Tem coragem de fazer uma pergunta dessas? E se te perguntarem isso, você responderia sinceramente ou "escorregaria" simplesmente para não se comprometer?

Em tempos de redes sociais, valorizar a qualidade das suas relações pode fazer muito mais diferença do que a quantidade de amigos que você coleciona na sua página virtual. Eleja três contatos entre familiares, parceiros e colegas esta semana e ligue (telefone mesmo) ou vá fisicamente até eles. Conecte-se de verdade, olho no olho e perceba o quanto a conversa verdadeira pode fazer por você e pelo seu dia.

Seja o principal veículo da sua rede social.


quarta-feira, 3 de abril de 2013

Quem grita mais leva!


Uma amiga me contou que recebeu uma ligação de uma colega na qual a mesma a cobrava sobre a resposta a um email enviado. O detalhe: o email nunca foi recebido. A forma de cobrança: acusações, cobranças e ofensas explícitas (a ponto dela achar que havia sido engano).

Falando sobre isso percebemos que este tipo de atitude vem sendo tão comum que até rimos (de nervoso). Alguém que ofende o outro vira uma lenda. Alguém de quem podemos rir e contar sobre o acontecido na mesa de bar. Grosseria ficou comum. E até já percebemos que muitas pessoas treinam para ser grosseiras porque, obviamente, atendemos sempre a criança que chora mais.

Aquele cliente educado, paciente, COITADO. Fica esperando pelo menos pelo período padrão determinado. Mas o que chega no balcão e EXIGE  que fique pronto logo, esperneia, chama gerente, ofende o balconista não. A tendência é que este seja atendido rapidinho seja para abafar o burburinho ou para se ver livre logo do chato.

Onde fica a linha entre um profissional que tem uma agressividade saudável para atingir resultados e a falta total de educação e noção de limites? Onde foi que o Brasil perdeu o tato? Como é que as pessoas não têm medo de se expor agressivamente para o outro - muitas vezes desconhecido delas - e ter consequências ruins disso no futuro?

Primeiro: Minha teoria é que as bases não andam lá essas coisas. Não temos mais tempo e/ou paciência para educar crianças. Lidar com birra é difícil, ensinar limites e consequências (pelo amor de Deus) é tarefa insana e poucos fazem. O resultado, estamos vendo, uma série de crianças de 20, 30, 40, 50 e mais sem limites, capazes de espernear a qualquer momento, lugar ou circunstância que os contrarie. Frustração é um sentimento terrível e, se não aprendemos a lidar com ele e nos controlar quando crianças, fica difícil fazer isso mais tarde. Difícil mas não impossível viu esquentadinho?

Segundo: Uma pessoa agressiva profissionalmente gera resultados rápidos a princípio. É fato. Quem berra mais, em geral, leva. No começo. Então, por algum tempo, este tipo de perfil pode ser valorizado e o chefe e colegas, apesar de se incomodarem, fazem vista grossa porque os ganhos estão compensando as perdas...até que o placar fique igualado ou negativo.

Terceiro: As empresas e empreendedores são tão medrosos que têm medo de cliente que grita. É melhor atender porque vai que ele não volta mais, não é? Com isso a sociedade premia e incentiva a grosseria e a falta de educação. Tem muita gente mansa que se acha "por fora" porque acha que quem é agressivo consegue as coisas mais facilmente na vida. "É mesmo! Fui lá e fiz o maior barraco! Botei o botafogo em campo e eles saíram rapidinho para fazer o que eu queria!" Ô! Quantas vezes eu não vi gente falando isso, se gabando e, pior, eu pensando "Nossa...quando eu crescer quero ser assim. Meu deus...porque eu não aprendi isso? Eu precisava ser assim, mais assertiva!".

Não confunda assertividade com grosseria. Lição de super nanny: você não precisa gritar com seu filho para ele fazer o que você quer. Uma das técnicas é ficar no nível dele (no caso, a altura, mas pode ser também, de entendimento), olhá-lo nos olhos e falar com firmeza. O mesmo vale para tratar adultos. Principalmente os que não amadureceram.

Dito isto creio que precisamos trabalhar todos os pontos: cuidar dos nossos (filhos, sobrinhos, netos) investindo tempo e dinheiro no que realmente vale à pena (educação em CASA e na escola, viu Brasil?!). Estarmos atentos e agirmos quanto aos "barulhentos competentes" que ganham causas e clientes no grito, que ameaçam funcionários e geram resultados na base do assédio moral (para não falar nos outros) e aprendermos a colocar o cliente no lugar dele porque não, nem sempre ele tem razão!

Quem fura fila tem que ser ignorado, quem grita precisa ser tratado com educação e limites. Não é preciso responder ao cliente mal educado no mesmo nível que ele mas simplesmente colocar que para atendê-lo as bases de tratamento precisam ser mudadas.

Se isso não é o suficiente para convencê-lo, preste atenção: pessoas boas, calmas e educadas não gostam de ambientes confusos. Se você quer preservar pessoas assim perto de você e do seu negócio, valorize-as e dê a elas recompensas por isso. Permita que sintam-se realmente especiais (elas são!). Não faça questão de manter clientes baderneiros porque eles não permanecem (sempre acharão alguma coisa que os desagrada) e, além disso, espantam o bom cliente.

Talvez assim, mostrando onde isso mexe nos resultados ($$), consigamos alguma mudança. Será?