segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Pontos Altos

Sempre fui uma pessoa de listas. Já cheguei até a escrevê-las na mão para não correr o risco de esquecer nada. Lista do que fazer, do que não esquecer, das tarefas, de passos, planejamento.

Recentemente. um amigo me falou sobre a importância de uma lista que não imaginei pudesse ser tão importante e me trouxesse coisas tão benéficas: lista de coisas que aconteceram comigo e foram boas.

Comecei então a escrever em uma cadernetinha quase todo final de dia sobre aquilo que deu certo, que foi positivo, coisas que aconteceram e que me ajudaram de alguma forma. Lista de coisas boas que passaram por mim: alguém que ligou, um trabalho interessante para o qual fui chamada, uma conversa produtiva, uma pessoa que encontrei, coisas que ganhei, um abraço dado, um bom sentimento ou um pôr do sol que tive a sorte de notar.

Foi muito impressionante quando me dei conta do quanto não guardo na cabeça o que dá certo ou que é bom. Ouvi uma vez um comentário de que temos muito mais facilidade de guardar aquilo que não foi bom, que falamos "sem querer", os fracassos, os "nãos" e as impossibilidades. Ou seja, a dor dos "tombos que levamos" fica muito mais tempo gravada na memória que o prazer das "pingas que tomamos".

E talvez, só escrevendo e registrando, consigamos nos dar conta do quanto coisas boas nos ocorrem todos os dias. Do quanto acertamos ou somos abençoados por bons acontecimentos.

O lado bom disso: ao termos consciência e nos lembrarmos que coisas boas acontecem, temos mais força para persistir pois temos comprovações de que o caminho é o certo, de que nossos esforços estão rendendo resultados, que a boa sorte nos sorri todos os dias. Naturalmente, esse bem estar se reflete em mais benefícios num ciclo positivo e realimentado. Seria um feedback positivo diário para si mesmo.

Durante este processo, me lembrei de um filme no qual os pais, ao final do dia, perguntavam ao filho: quais foram os pontos baixos do seu dia? E os pontos altos?

Pontos baixos para serem analisados e gerarem aprendizados. Pontos Altos para serem comprovados e comemorados.

Celebrar sempre, sem economia...pois os pequenos acontecimentos e passos são o começo das grandes realizações, não é mesmo?

Boa semana! Bons acontecimentos para você!

(Imagem: FIHI-POSITIVE-VIBRATIONS - http://www.toyism.com/home/archives/languid-chessture)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Momento de Recuar

Quando eu tinha por volta de uns 14 anos mais ou menos, tocou a sirene de final do recreio no colégio e saí correndo desembestada (sei lá porque eu queria tanto voltar logo para a aula mas enfim...); no meio do caminho havia uma rede de voleibol estendida e eu "enganchei" o rosto naquilo pois não havia abaixado o suficiente para passar.

Ao invés de inteligentemente recuar e passar com mais calma e com a cabeça mais baixa, eu insisti e fui puxando e puxando a rede (com a cara) até ela ficar beeeem esticadinha e voltar com tudo, arranhando metade do meu rosto. Resultado que parecia que eu havia brigado com um gato. Ficou uma cruz marcada num olho, na testa, um horror.

Não só neste episódio mas em outros, percebia a dificuldade minha e dos outros em recuar. Se eu andei já 5 km, não posso "desperdiçar" isto. Então eu andarei 20km a mais do que o necessário para não desperdiçar os 5 anteriores. Algo assim.

Saber voltar atrás, reconhecer o erro, dar a volta, retornar. Parar. Neste mundo em que tudo é tão corrido, esta prática fica sempre mais e mais difícil. Entretanto percebo que, passados muitos anos desde o episódio acima e percebendo a necessidade de recuo, qunado o faço, a sensação de alívio é (juro!) de economia.

Sinto que me poupei e creio que esta sensação vem principalmente de saber quanto vale 5 e quanto vale 20. Além de que hoje, sei também que 5 andados à toa não necessariamente representam uma perda. Muito pelo contrário, pode ser um ganho de experiência, algo que não irá se repetir nem hoje nem nunca mais pois a lição foi aprendida.

Parar e retornar. Sempre que necessário. Acredite: a paisagem de volta sempre é diferente da de ida e a volta pode significar ganhos além de evitar perdas maiores.

(imagem: JB Online)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

JÁ ESCOLHEU OU NEM QUER OUVIR FALAR?

Dia 3 de outubro está quase chegando. Já escolheu seus representantes? Pediu opinião, pesquisou, pensou e, principalmente, anotou em um local seguro quem são seus candidatos?

Pois então: já faz alguns anos venho percebendo a forte tendência que temos para reclamar. Reclamamos de quase tudo que nos cerca e que ao menos à primeira vista não depende de nós para mudar. Reclamamos das políticas de nossas empresas, das condições de trabalho, da sujeirada em Brasília ou em qualquer local onde os políticos estejam. Reclamamos aos quatro ventos das atitudes e erros daqueles que estão acima de nós. Que representam nosso setor de trabalho, nosso bairro, nossa comunidade, cidade e país.

Ocorre que, na hora de opinar nós mesmos nos omitimos por medo ou preguiça. Outro dia eu escutei "Creeedo Priscila!! Você assiste horário eleitoral? Não tem nada melhor para fazer?"

Olha, tenho sim. Milhões de coisas melhores para fazer mas, este ano, decidi fazer diferente e disponibilizar 50 minutos a cada dois ou três dias para assistir ao Horário Eleitoral Gratuito e ter mais dicas de quem eu escolheria para me representar. Garanto que mal não faz, nem arranca pedaços. De mim particularmente, o horário eleitoral arrancou boas risadas (algumas coisas são realmente hilariantes), muita revolta (porque palhaçada tem limite também) e muito esclarecimento. Descobri pessoas cujo trabalho eu já admirava e que estão se candidatando. Com isso, deu tempo de escolher, de indicar para outros e de anotar. Porque precisamos cobrar. Isso faz parte.

Tenho gostado muito das propagandas do TRE, principalmente aquela do processo seletivo em que um rapaz faz as mesmas perguntas que tantos de nós já ouviram em uma entrevista. Pois é pessoal: agora temos algum poder. E olha só que este poder que muitos passam anos reclamando por não ter, quando é dado, é sumariamente desperdiçado com "Ah!! Detesto política!!". Detesta também ter alguma chance de melhorar a saúde, educação, a segurança em sua cidade, seu estado, seu país? Eu não!

Outro dia precisei tomar uma vacina em um postinho de saúde. Normalmente mesmo para quem não tem carteirinha do SUS este procedimento é bem tranquilo mas eu ouvi "Olha, para os nossos pacientes, nós aplicamos nestas condições. Se não é paciente NOSSO, então tem que esperar mais X tempo."............ Oi?! Eu escutei bem "NOSSOS PACIENTES"? Quem paga uma super quantia de imposto durante o ano é quem mesmo?? Ah! Eu, né? Então eu sou vosso paciente também.

Essas coisas são as pequenas que temos como mudar mais facilmente, cobrar, etc, pois são políticas locais. As grandes também temos como uma vez que, feita muita pressão e, principalmente lembrando de em quem você votou e cobrando, o efeito é bem maior do que não haver cobrança nenhuma.

Temos a terrível mania do "deixa quieto". Não cobrar, contornar e cotentar-se com migalhas. Em tudo, não somente em relação à política, este é um traço do povo brasileiro: não cobra e não fala quando é a hora mas adooooora reclamar pelas costas. Adiantou alguma vez?

Enquanto você tem que cuidar de qualquer doença sua contornando o SUS ou o Plano de Saúde para saber se seu caso é reembonsável, urgente ou emergência, é com seu dinheiro que todos os políticos seguem lépidos e trépidos rumo ao Sírio Libanês para qualquer dor de garganta enquanto você pensa "Ah...queria tanto que meu plano cobrisse o Sírio". Ele está lá com seu dinheiro, sabia? E você deveria cobrar por ter qualidade no seu atendimento de saúde, seja ele qual for e não somente querer ganhar mais para poder frequentar o mesmo local que eles. Você já paga por isso.

Vamos ser mais responsáveis. Vamos fazer nossa parte. Falta pouco tempo mas ainda dá para fazer uma escolha consciente e participar efetivamente dos rumos da nossa sociedade nos próximos anos.

Ser cidadãos não só por obrigação, mas diariamente...

BOA SEMANA!!!

(site da imagem: varzeanovanews.blogspot.com)

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Fim de Feriado

Terminou o feriado e quantos conseguem olhar para a quarta-feira de trabalho com algum entusiasmo? A volta à rotina pode ser um peso ou fonte de alegria dependendo de como esteja a situação da pessoa em relação à sua vida profissional. O ânimo ao final deste 7 de setembro é um ótimo termômetro.

A vida é curta e, não importa o que façamos, o tempo tem passado extremamente rápido. De meta em meta lá se vai o mês, o trimestre, o ano...e mal percebemos o que aconteceu conosco além de um ou outro fio de cabelo branco a mais. Se não olharmos para além disso, corremos o risco de passarmos a vida toda ansiando por feriados e lamentando o término deles como se o único refresco que a vida nos desse fossem os feriados, férias e finais de semana.

A vida tem muito mais a oferecer que isso. E qualquer um de nós pode ir atrás. Não se contente em ter "prazer profissional" apenas às sextas-feiras. Procure pelo motivo de seu trabalho não lhe dar o prazer devido. Pergunte-se onde está aquilo que falta para sua autorealização e busque. Não deixe o tempo passar simplesmente enquanto você marca passo no mesmo lugar, fazendo as coisas sempre do mesmo jeito.

Estabeleça seu objetivo, trace metas alcançáveis e estabeleça ações semanais para cumpri-las. Assim ficará muito mais fácil conseguir atingir seus sonhos e viver muito mais dias de prazer que somente sextas e feriados.

Não delegue seu crescimento profissional a terceiros e não os responsabilize pelos acontecimentos não serem aqueles que você espera pois você é o único que pode realmente mudar e buscar alternativas que o satisfaçam, sejam estas no mesmo lugar, em outro ou até exercendo uma atividade totalmente diferente da atual.

Lembre-se que a cada dia de trabalho que termina, muitos de nós falamos "mais um dia" quando, na verdade, é menos um dia.

Menos um dia de vida que você terá até o final.

Sendo assim, pense: você o viveu como gostaria? Fez coisas que lhe trouxeram satisfação, falou com quem precisava? Qual a sensação que teve ao final de menos um dia? Frustração ou satisfação por um dia bem vivido?

Boa quarta-feira! Com novos ou velhos sonhos e caminhando com mais assertividade em direção aos mesmos.