quarta-feira, 21 de agosto de 2013

PROTEGIDOS DAS DIFERENÇAS



Nesta última semana veio a notícia de que mulheres e negros ficam mais tempo desempregados que homens, em geral.

Me pergunto sobre nossa hipocrisia enquanto sociedade, não olhando para as diferenças de uma forma madura. São estabelecidas leis, cotas, "proteções" e o diálogo aberto vem pouco à tona.

Afinal de contas, é um território minado para se falar qualquer coisa. Ninguém quer se comprometer em ser tachado de racista ou machista, homofóbico ou contra qualquer religião que haja mas, ao mesmo tempo, protege seu pequeno território empresarial das diferenças que temos.

Cada um defende a sua maioria ou minoria. E há uma percepção de que, em muitos momentos, deixamos de olhar a pessoa, o profissional que está à nossa frente para verificarmos apenas os rótulos, as possibilidades ou dificuldades que cada gênero, raça, escolha religiosa ou orientação sexual possam, na nossa visão turva, trazer para a empresa.

Ainda não nos demos a chance de comprovar que é na diversidade que há crescimento real.

Achamos feio o diferente e não nos damos ao direito de olhar novas formas, ouvir novos pensamentos, analisar, refletir. O fato de olharmos não significa que vamos nos tornar aquilo. Não somos assim tão frágeis. Mas se olharmos bem de perto e de forma corajosa, veremos que o diferente é sim, muito parecido conosco. É um ser humano, um profissional, assim como qualquer um de nós.


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