segunda-feira, 9 de setembro de 2013

SIMPLES ASSIM

Há algum tempo, venho conversando com uma amiga sobre uma sensação da qual partilhamos: que muito em breve com ou sem motivo, a vida, a forma como as pessoas lidam com seus bens e suas necessidades mudará e voltará a ser quase tão simples como há alguns anos.

De alguma forma essa corrida para comprar, possuir, completar e preencher vazios levará as pessoas a perceberem que não há como suprir-se de tudo o que se apresenta o tempo todo.

Ao mesmo tempo em que as mais variadas indústrias passaram a lançar novidades a cada instante visando criar necessidades quase que constantemente, as pessoas tenderão a acordar e se perguntar "mas eu preciso mesmo disso?".

As casas têm ficado menores e o desfazer-se dos bens desnecessários tem sido quase que fundamental. Assim, refletimos que para evitar esse trabalho sazonal, nós seres humanos vamos nos perguntar se realmente precisamos das coisas e evitaremos comprar tanto sem necessidade real.

Quem sabe perceberemos que o vazio se preenche ao encararmos nosso vazio e entendermos que não tem problema nenhum ele existir. Não precisamos ocupar todas as nossas gavetas, portas de armário ou cabides, assim como não precisamos nos sentir plenos e satisfeitos o tempo todo. O vazio faz parte da vida.

Ele existe para dar espaço ao que realmente interessa: nós mesmos.

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