segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Dicas Para Trabalhar Bem em Família - Parte 2 - "Vai ganhar quanto?"



Uma vez que nos resolvemos e contratamos um parente para trabalhar em nossa empresa, os procedimentos de atenção como os que acompanhamos aqui continuam:

Definição de salário
Ponto muito importante em toda relação trabalhista. E fundamental também quando quem está sendo contratado é um parente. Alguns casos são comuns:

   "Os sem salário" - Inúmeras empresas familiares que conhecemos colocam seus filhos ainda adolescentes          para trabalhar ("Ah...ele vem ajudar a gente") sem receberem salários e, ao crescerem dentro da                  empresa, assim continuam.

Claro que, como seres humanos, precisam de dinheiro para seu sustento e o chefe, em geral o pai ou mãe nesses casos diz "Mas não tem problema! Se ele precisar de alguma coisa eu pago para ele.". Dentro dessas condições já vislumbramos desde filhos-funcionários vendendo perfumaria dentro da empresa (para poder pagar suas contas sem dar satisfação das mesmas aos pais) até retiradas do caixa justificando "Só estou pegando o que me é de direito."

Tudo isso acontece por uma incapacidade ou inabilidade de determinar claramente o que aquela pessoa representa dentro da empresa. Muitas vezes a empresa depende dela mas não é possível definir um salário que traduza isso. 

Ou mesmo ela pode representar pouco dentro da empresa. Mas, para um pai ou mãe fica dolorido traduzir o quão pouco aquela pessoa representa (ainda que profissionalmente) em termos de valor financeiro mensal. 

    "Muito além do que faz" - Existem também os benevolentes que, usando a empresa, premiam os parentes com salários maiores do que o retorno que são capazes de trazer para o negócio. Cargos "estratégicos" e "Divisão de Projetos Especiais" são criados traduzindo o que ninguém sabe traduzir "Mas, o que mesmo ele faz aqui na empresa?". Isso prejudica todo o sistema e desmoraliza líder e liderado profissionalmente.


Adequação necessária - Se a empresa sabe porque motivos profissionais contratou aquela pessoa, é importante que ela seja enquadrada no sistema de cargos e salários, receba adequada e proporcionalmente à sua função e colegas. 

Claro que em empresas em que os filhos dos donos não podem, socialmente, expor uma condição financeira menos abastada, esse filho pode sim receber mais que os outros funcionários. Mas não da empresa. Deve ficar claro o caráter de mesada para bancar o padrão de vida extra. Isso é algo que não deve onerar o negócio e sim àqueles que julgam tal imagem importante.

Observando todos estes pontos acima, concluímos que é preciso definir quem são os profissionais, onde ficarão, para que estão lá e quanto ganharão. Isso traz respeitabilidade por parte da equipe como um todo e o senso de justiça prevalece. 

Lembre-se: O combinado não sai caro...já o que não é combinado tem valor indefinido. Às vezes infinito.


Fonte da imagem: http://www.caminhandojunto.com.br/2011/07/os-4-pilares-da-empresa-familiar-no.html

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