quarta-feira, 7 de julho de 2010

Quem é que decide?

Quando se é pequeno, a mãe diz o que pode ou não pode fazer. Depois crescemos e o chefe diz o que pode ou não. Tem as regras da empresa, tem o código de ética.
Alguém se lembra de quando você perguntou a sua mãe o que fazer e ela disse "você é quem sabe, meu filho. Você decide sobre isso". Pânico.
Muitas vezes sentimos que as bases que uma empresa ou chefe ou qualquer figura normativa nos fornece são aprisionadoras. Mas será que sabemos viver em liberdade?
Sabemos, por conta própria, decidir a que horas acordar em uma segunda-feira ou quando podemos ou não ver um filme ou até mesmo quando podemos dar um passo mais arriscado ou não?
Hoje ouvi no rádio uma pontuação sobre o medo das pessoas em perder o emprego. Está em cerca de 88 pontos. O índice mais alto até hoje foi em 1999, algo como 102 ou 112 pontos. E por que tanto medo? Será somente porque as pessoas perderão seu sustento inicial ou principalmente porque perderão quem dê as bases para seu ser e seu viver?
Creio que vale exercitar. Pensar sinceramente sobre qual seria sua decisão em determinado tema, quais seriam suas bases internas, suas próprias regras. O quão flexíveis ou não seriam as mesmas. O quanto você seria mais ou menos rigoroso consigo próprio do que todos os que até agora foram.
Conhecer a si mesmo e questionar onde estão suas verdadeiras prisões: aí na sua escrivaninha ou dentro de você?

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