sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE E O GRI




Ontem estive no Instituto Ethos participando de um encontro de orientação sobre como desenvolver um Relatório da GRI. Este assunto até anteontem também era desconhecido por mim e, após estar no encontro e dar umas lidas sobre o assunto, estou convencida de que não só vale a pena fazer o próprio GRI (que pode ser feito até em nível pessoal) mas trabalhar para que cada vez mais empresas desenvolvam seu Relatório para se melhorarem, enxergarem onde são parte do problema e como podem ser solução para a sociedade e o meio ambiente.


Este relatório é por si só um relatório de Sustentabilidade. Esclarecendo: "Elaborar relatórios de sustentabilidade é a prática de medir, divulgar e prestar contas para stakeholders internos e externos do desempenho organizacional visando ao desenvolvimento sustentável" (in Diretrizes para Relatório de Sustentabilidade). Em outras palavras, este relatório demonstra os impactos da organização em três âmbitos: econômicos, sociais e ambientais.


Existe todo um padrão para o desenvolvimento do GRI e há um desejo da Global Reporting (órgão que estabeleceu as diretrizes do GRI, sediado em Amsterdã - http://www.globalreporting.org/) de aumentar o número de relatórios emitidos pois - e aí é a grande sacada - ao desenvolvê-lo, discussões são geradas, questinamentos acontecem, metas se estabelecem e as empresas passam a repensar seu papel dentro da sociedade e do meio ambiente, além de analisar seus resultados econômicos.


Durante os trabalhos de ontem, para exemplificar simplificando, a palestrante Glaucia Terreo passou um questionário simples para dar uma ideia do que seria um GRI em um nível mais simples:



  1. Qual a sua Missão de vida?

  2. Quais são as suas partes interessadas? (Stakeholders que, em um nível familiar, por exemplo seriam sua família, seus vizinhos, amigos, colegas de trabalho e, em uma empresa os funcionários, clientes, fornecedores - os que se relacionam com você ou seu negócio)

  3. Quais são as políticas de relacionamento com essas partes?

  4. Geração e distribuição de valores? (quanto eu ganho, como eu utilizo o dinheiro recebido)

  5. Consumo de energia elétrica e de água

  6. Consumo de combustível fóssil

  7. Emissões de GHG (principalmente dióxido de carbono)

  8. Quantidade de resíduos residenciais (em quilos)
  • Percentual de resíduos reciclados

  • Política de compras sustentáveis

Qualquer pessoa pode, a partir dessas perguntas fazer seu próprio GRI mas, quanto mais empresas o desenvolverem, mais empresas estarão se olhando no que tange aos três itens de sustentabilidade. Quais algumas das vantagens disso para elas?

  • Aumento da Economia

  • Reconhecimento por parte dos Stakeholders

  • Maior organização interna

  • Busca de melhora constante


(Dado: A Natura foi a primeira empresa brasileira a desenvolver seu relatório GRI. Muitas vezes ela não alcança as metas estabelecidas, mas reporta a razão disto e o que fará para mudar a situação, assim como tantas outras que o desenvolvem. Atualmente principalmente as grandes empresas desenvolvem este relatório e são amplamente reconhecidas por isso, apesar do relatório ser para todos.)

Para pensar...

...e desenvolver!

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